Organização de defesa dos danos de civis em zona de conflito pressiona partes na Somália a reagir; com o apoio do Acnur, concluem-se recomendações para tornar mais leve os danos dos lesados e aponta-se Amisom como melhor resposta ao problema.
Susete Sampaio, da Rádio ONU em Lyon.
As partes envolvidas em conflito na Somália podem tomar medidas imediatas para reduzir o seu impacto nos civis. A informação consta do relatório lançado esta quinta-feira por uma organização de defesa dos civis em climas de guerra, Civic.
A pesquisa, “Prejuízos Civis na Somália: Criar uma Resposta Apropriada’’, ouviu cerca de 100 pessoas, e contou com o apoio do Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur. O estudo mostra as experiências do povo somali e o seu desejo de ter um sistema formal de tratamento dos prejuízos inesperados.
Entrevistas e Pesquisas
A diretora executiva da Civic, Sarah Holewinski, refere que durante as entrevistas de pesquisa, “os cidadãos disseram que é importante ter reconhecimento e receber assistência pelas perdas materais, humanas e físicas”.
Como conclusão, são feitas recomendações à Missão da União Africana na Somália, Amisom, e aos grupos em conflito para acompanhar, investigar e reagir aos danos causados, com recurso a métodos tradicionais de solução de litígios. Métodos que foram sugeridos pelos próprios civis como sendo os mais adequados.
O relatório aponta a Amisom como provável líder no desenvolvimento de um sistema, não só pelo acordo existente entre os líderes da União Africana na redução das penas civis e na resposta a dar aos danos causados; mas também pelo seu papel de monitor das forças do Governo Federal de Transição no país.