Economia criativa, um dos setores mais dinâmicos do comércio mundial
Relatório sobre o tema foi lançado no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira; Brasil tem grande participação na indústria criativa.
Felipe Siston, do Rio de Janeiro para a Rádio ONU.*
O relatório das Nações Unidas sobre Economia Criativa 2010, lançado nesta segunda-feira, no Rio de Janeiro, sugere que a crise financeira internacional de 2008 não abalou o crescimento do setor.
A economia criativa engloba atividades como design, moda, artesanato e audiovisual. E segundo o estudo da ONU, o ritmo de crescimento foi mantido alcançando a cifra de US$ 592 bilhões, equivalentes a mais de R$ 1 trilhão.
Arquitetura
Na média entre 2002 e 2008, a taxa de crescimento das exportações de bens e serviços foi de 14%. O Brasil acompanhou a tendência, mas, segundo o levantamento, ainda pode avançar muito para estar entre os líderes criativos.
A chefe do Programa de Economia Criativa da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento , Unctad, Edna Dos Santos-Duisenberg, falou à equipe da Rádio ONU, no Rio de Janeiro, sobre o crescimento do setor no Brasil. E comentou o saldo negativo em termos de bens criativos.
Balança Comercial
“O Brasil exportava US$1,3 bilhão e agora está exportando US$6 bilhões, mais de US$6 bilhões. Então isso é um desempenho espetacular. E você vai dizer por que? Simplesmente porque nós estamos vivendo na sociedade contemporânea em que, cada vez mais, esses produtos fazem parte do nosso cotidiano”, afirmou.
Iniciativas
O evento também contou com a participação da Secretária da Economia Criativa, Cláudia Leitão, que informou ter trabalhado em sintonia com os dados produzidos pela Unctad.
Ela anunciou o surgimento, até o final do ano, de um Observatório Nacional de Economia Criativa, para acompanhar e fomentar o desenvolvimento do setor. Essa e outras iniciativas estão previstas no plano lançado em setembro pelo governo brasileiro.
*Reportagem: Unic-Rio