Resolução 2016, adotada por unanimidade nesta quinta-feira, elogia “declaração de libertação” após a morte de Muammar Kadafi no país norte-africano, mas expressa preocupação com relatos de represálias e detenções arbitrárias.
Eleutério Guevane da Rádio ONU em Nova York.*
O Conselho de Segurança aprovou, nesta quinta-feira, a suspensão da zona de exclusão aérea imposta à Líbia, no início do ano, por causa da violência política no país.
Adotada por unanimidade, a resolução 2016 anulou a de 17 de março que previa o uso da força para proteger os civis.
Proliferação
No documento, proposto, por Grã-Bretanha e Rússia, o Conselho manifestou preocupação com a proliferação de armas na Líbia e impacto sobre a paz e a segurança nacionais.
A zona de exclusão aérea foi imposta após a repressão violenta a manifestantes contra o regime do ex-líder líbio, Muammar Kadafi. Na quinta-feira passada, Kadafi foi morto durante um ataque a sua cidade-natal de Sirta.
No domingo, o país foi declarado “libertado” pelas autoridades do Conselho Nacional de Transição, CNT.
De acordo com a ONU, milhares de pessoas foram mortas durante os confrontos entre forças pró e contra Kadafi. Mas a organização também está preocupada com relatos recentes de represálias, detenções arbitrárias ou ilegais e execuções sumárias.
Ainda na resolução, o Conselho de Segurança disse que é preciso respeitar os direitos humanos de todos os líbios.
*Apresentação: Leda Letra.