Conselho de Segurança aprova levantamento de exclusão aérea na Líbia
Na resolução 2016, adotada por unanimidade, os 15 Estados-membros do órgão saúdam a “declaração de libertação”e expressam preocupação com relatos de represálias, detenções arbitrárias no país do Norte de África.
Eleutério Guevane da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Conselho de Segurança aprovou, esta quinta-feira, o levantamento da zona de exclusão aérea imposta à Líbia.
Adotada por unanimidade, pelos 15 Estados-membros do órgão, a resolução 2016 anula a de 17 de Março deste ano, prevendo o uso da força para proteger os civis, se necessário.
Nato
Depois da medida ter sido tomada, a Nato manifestou a intenção de implementar a operação internacional no país.
Na proposta feita pelo Reino Unido e Rússia, o Conselho manifesta preocupação com a proliferação de armas na Líbia e o seu impacto para a paz e segurança nacionais, defendendo a sua intenção de abordar o tema.
A zona de restrição foi imposta na sequência da repressão violenta aos civis pelas forças do antigo líder Muammar Kadafi, durante as manifestações antigovernamentais iniciadas em Fevereiro.
Declaração
De acordo com a ONU, centenas de pessoas teriam morrido vítimas da violência.
No domingo, o país do Norte de África foi declarado “libertado” pelas autoridades do Conselho Nacional de Transição, CNT, dois dias após a morte de Kadafi depois da tomada da sua cidade natal, Sirte.
Na nova resolução, o órgão expressa preocupações com relatos de represálias, detenções arbitrárias ou ilegais e execuções extrajudiciais.
O Conselho de Segurança reitera que haja respeito aos direitos humanos de todos os líbios, incluindo antigos membros do governo e detidos durante e após o período de transição.