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Demência deve afastar ex-líder do Khmer Vermelho de julgamento BR

Demência deve afastar ex-líder do Khmer Vermelho de julgamento

Ex-ministra de Assuntos Sociais do Camboja, Ieng Thirith, é acusada de genocídio por tribunal apoiado pela ONU; regime de Pol Pot pode ter matado 1,7 milhão de pessoas na década de 70 no país asiático

[caption id="attachment_206589" align="alignleft" width="350" caption="Ieng Thirith em audiência em agosto de 2011"]

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

Um Tribunal no Camboja, apoiado pelas Nações Unidas, foi informado de que um dos reus no julgamento do caso Khmer Vermelho poderá escapar do processo.

Segundo os advogados da ex-ministra de Assuntos Sociais do Camboja, Ieng Thirith, ela está sofrendo de demência e não tem condições de enfrentar o tribunal. A ex-ministra cambojana é acusada de genocídio.

Fome e Execuções

O Khmer Vermelho, do ex- líder Pol Pot, pode ter matado até 1,7 milhão de pessoas no país do sudeste asiático durante a década de 70.

A maioria morreu em consequências de tortura, fome e execuções.

Até o próximo mês, deve ser anunciada uma decisão sobre o futuro da ex-ministra no processo.

Quatro psiquiatras que examinaram a ré afirmaram que ela tem demência clínica, o que a impede de participar das audiências. Ela está sendo julgada ao lado do marido que também fazia parte do governo do Khmer Vermelho.

Nome do Marido

Mas segundo os médicos, apesar de ela entender as perguntas que lhe são feitas, ela tem dificuldade em compreender o motivo dos questionamentos. Ieng também não consegue se lembrar do nome do marido ou se ela tenha um filho.

Mas os promotores do caso discordam do laudo de demência. Segundo eles, A ex-ministra cambojana consegue entender as perguntas e interagir com outros, e isso seria suficiente para garantir a presença dela no banco dos reus.