Perspectiva Global Reportagens Humanas

Para ONU, apenas ação global conterá ações de traficantes no México BR

Para ONU, apenas ação global conterá ações de traficantes no México

Chefe do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, Unodc, Yuri Fedotov, termina uma visita ao país nesta sexta-feira; já a Unesco expressou preocupação com assassinatos de jornalistas mexicanos.

[caption id="attachment_205703" align="alignleft" width="350" caption="Yuri Fedotov é chefe do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, Unodc"]

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

A melhor forma de combater o tráfico de drogas é através de uma estratégia global. A afirmação foi feita pelo diretor-executivo do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, Unodc.

Segundo Yuri Fedotov, que encerra nesta sexta-feira, uma viagem oficial ao México, as redes criminosas do país representam uma ameaça massiva para toda a região e outras partes do mundo.

Autoridades Locais

Nos últimos cinco anos, dezenas de milhares de pessoas foram mortas ou mutiladas no México, por causa do narcotráfico.

Ao se encontrar com o presidente do México, Felipe Calderón, o chefe do Unodc elogiou as tentativas do país de combater o crime organizado.

Ele reafirmou o compromisso do Unodc de continuar trabalhando no México com as autoridades locais para vencer o crime.

Durante a visita que fez à Assembleia Geral da ONU, na semana passada, o presidente mexicano pediu a ajuda da organização para fazer o controle em países com consumidores e produtores da droga, e do volume de armas que alimentam o arsenal dos traficantes.

Assassinatos de Jornalistas

Ainda nesta sexta-feira, o Alto Comissariado de Direitos Humanos das Nações Unidas, informou que está profundamente preocupado com os recentes assassinatos de jornalistas do México. No início da semana, a Unesco havia emitido uma nota condenando a morte de três repórteres no país.

No sábado passado, o corpo da jornalista María Elizabeth Macias, 39 anos, foi encontrado decapitado e mutilado. Ela trabalhava para o jornal “Primera Hora” e fazia críticas ao crime organizado.

Ao lado do corpo da jornalista foi encontrada uma nota dizendo que ela havia sido morta “como retaliação pelas suas reportagens”.

O Alto Comissariado disse que compreende os desafios enfrentados pelo governo para combater o crime organizado, mas disse que está preocupado com a prevalência da impunidade, e pediu uma investigação imediata dos casos. Segundo a nota, alguns dos crimes teriam sido cometidos com a cooperação ou apoio de agentes do Estado mexicano.