Agências das Nações Unidas promovem debate sobre gerenciamento de enchentes
Encontro, no Japão, é patrocinado pela Unesco e pela Organização Mundial de Meteorologia, OMM.
[caption id="attachment_205624" align="alignleft" width="350" caption="Criação de sistema integrado é vital para prevenção e gerenciamento de desastres"]
Victor Boyadjian, da Rádio ONU em Nova York*
Representantes de vários países reuniram-se em Tóquio, no Japão, na 5ª. Conferência Internacional sobre Gerenciamento de Enchentes. Sob o tema: “Enchentes do Risco à Oportunidade”, o evento foi patrocinado pela Unesco e pela Organização Mundial de Meteorologia, OMM.
O encontro, encerrado nesta quinta-feira, abrigou um debate de alto nível sobre desastres causados por grandes enchentes. Segundo o diretor-geral da OMM, Michel Jarraud, até mesmo o Japão, país preparado para enfrentar desastres naturais, foi surpreendido pelos efeitos do tsunami e do terremoto de março.
Aquecimento Global
Para o chefe da OMM, a criação de um sistema integrado de monitoramento de desastres, com alerta de riscos, para atender especialmente os países mais vulneráveis, é vital no processo de prevenção e gerenciamento.
A agência da ONU também afirmou que o aumento do nível do mar e tempestades é cada vez mais comum em todo o mundo.
Um relatório da Comissão Econômica para América Latina e Caribe, Cepal, apresentado nesta semana, por exemplo, revela que estes problemas vão causar impacto no orçamento da região pelos próximos 40 anos.
O relatório “Economia da Mudança Climática no Caribe” sugere que os países caribenhos podem gastar anualmente 5% do Produto Interno Bruto com problemas causados pelo aquecimento global.
Soluções Alternativas
A OMM citou casos de sucesso através de investimento e ideias criativas que solucionam problemas locais e ainda ajudam a combater as mudanças climáticas.
Na província de Qinghai, na China, uma parceria da FAO com a Academia Chinesa de Ciência encontrou formas de promover a preservação do meio ambiente da região.
Criadores de gado ganham dinheiro com a venda de crédito de carbono que conseguiram ao melhorar as práticas de pastoreio.
Com a renda extra, eles estão garantindo recursos para os períodos de menor produção agropecuária.
*Apresentação: Mônica Villela Grayley.