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Moçambique explica pretensão de fundos de adaptação às mudanças climáticas

Moçambique explica pretensão de fundos de adaptação às mudanças climáticas

De acordo com ministra do Ambiente, 21 dos 128 distritos moçambicanos são afectados pela desertificação.

[caption id="attachment_205020" align="alignleft" width="350" caption="A ministra apelou os países desenvolvidos a cumprir as suas responsabilidades"]

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Moçambique carece de financiamentos para formação de técnicos para adaptação do país aos efeitos das mudanças climáticas, disse a ministra de Coordenação da Acção Ambiental, Alcinda Abreu.

Falando à Rádio ONU, a governante disse que apesar de aplicar medidas locais para fazer face à situação de desertificação, as capacidades limitadas são limitadas.

Durban

Abreu disse que enquanto o país se prepara para a conferência sobre o clima de Durban, a ser realizada no fim deste ano, as autoridades estão confiantes de que fundos internacionais dariam robustez às acções de adaptação às alterações.

A ministra apelou os países desenvolvidos a cumprir as suas responsabilidades, ao explicar as principais preocupações das autoridades de Moçambique.

Robustez

“Temos um plano de desenvolvimento de recursos humanos para esta questão das alterações climáticas. Gostaríamos de ter capacitação técnica. Começámos mas, gostaríamos que fosse mais forte. Temos um Fundo Nacional do Ambiente, que está a ser capacitado para receber e fazer a gestão dos fundos para adaptação e mitigação às mudanças climáticas. Queremos que este fundo  seja mais robusto e que o compromisso dos países e organizações multilaterais em contacto connosco seja mais serio”, frisou.

Na entrevista à margem do Encontro de Alto Nível sobre a Desertificação, na sede da ONU, em Nova Iorque, Alcinda Abreu disse que 21 dos 128 distritos moçambicanos são gravemente afectados pelo fenómeno.