Migrantes em fuga com agravamento da situação de segurança no Iémen
Estimativas apontam existência de mais de 12 mil migrantes na fronteira noroeste do país; Secretário-Geral pede que autoridades imenitas protejam os civis.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Mais de três mil migrantes etíopes estão concentrados na fronteira entre o Iémen e Arábia Saudita em condições que a Organização Mundial para Migrações, OIM, considera “extremamente difíceis”.
A agência diz que o aumento da insegurança compromete os esforços de evacuação devido à continuação dos protestos. A agência estima em mais de 12 mil o total de migrantes na fronteira noroeste do país.
Mortes
Na segunda-feira, o Secretário-Geral, Ban Ki-moon, condenou vigorosamente o “uso excessivo da força” por parte das forças de segurança iemenitas contra os manifestantes desarmados. De acordo com relatos dezenas de pessoas morreram e várias outras ficaram feridas nos últimos dias.
Ban pediu que as autoridades do país protejam os civis e respeitem as suas obrigações sob o direito internacional nos confrontos entre forças de segurança e manifestantes contra o presidente Ali Abdullah Saleh.
Manifestantes
Por seu turno, a alta comissária-adjunta da ONU para os Direitos Humanos Kyung-wha Kang advertiu ao governo iemenita que não poderia usar alegações de que ele a combater terroristas e simpatizantes do movimento Al-Qaeda como um pretexto para atacar manifestantes pacíficos.
Os levantes, iniciados no princípio do ano, são parte de uma onda de protestos ocorridos no Médio Oriente e Norte da África, que resultaram no derrube de regimes no Egipto, Tunísia e Líbia.