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Governo brasileiro quer impostos mais altos para evitar comércio ilegal de cigarros BR

Governo brasileiro quer impostos mais altos para evitar comércio ilegal de cigarros

Com a medida, o Ministério da Saúde espera diminuir o consumo de produtos com tabaco; proposta é uma das previstas no pacote brasileiro de combate às doenças crônicas não-transmissíveis, que virou tema global em reunião de cúpula da Organização Mundial da Saúde, OMS.

Victor Boyadjian, da Rádio ONU em Nova York.*

Cigarros mais caros podem inibir o consumo. Esta é a lógica do Ministério da Saúde brasileiro, que já reduziu pela metade a quantidade de fumantes do país.

Atualmente 15% da população adulta consomem produtos com tabaco. Em entrevista à Rádio ONU, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha disse que vê espaço para reduzir ainda mais este índice.

“Nós queremos reduzir ainda mais, sobretudo entre os jovens, as mulheres e as pessoas com menos de oito anos de escolaridade”, explica.

Há um mês, o governo brasileiro anunciou uma medida que aumenta o tributo sobre o cigarro e estabelece uma política de preço mínimo do produto. A ideia é aumentar o preço e evitar o comércio ilegal no país.

A medida será colocada em prática a partir do ano que vem.

Desafios

Com a queda no consumo do tabaco, o Brasil espera resultados positivos no combate às doenças crônicas não-transmissíveis.

O ministro da Saúde reconhece que o país carece de profissionais capacitados para atender um número cada vez maior deste grupo de pacientes.

“Nós vamos ter um grupo cada vez maior de pessoas com câncer, com hipertensão, com diabetes, pessoas com envelhecimento ativo. Então, formar geriatras e oncologistas é um grande desafio do país”, diz Padilha.

O aumento de casos de doenças crônicas não transmissíveis em todo o mundo é tema central de um encontro da Organização Mundial da Saúde.

O evento, realizado na Assembleia Geral da ONU, conta com a presença de chefes de estado de diversos países.

*Apresentação: Leda Letra.