Perspectiva Global Reportagens Humanas

Em Paris, Ban aponta desafios de reconstrução na Líbia

Em Paris, Ban aponta desafios de reconstrução na Líbia

Secretário-Geral da ONU está entre dezenas de líderes internacionais incluindo Nicolas Sarkozy, David Cameron e Hillary Clinton; segundo agências noticiosas, espera-se que autoridades de transição da Líbia peçam auxílio externo.

[caption id="attachment_203758" align="alignleft" width="350" caption="Ban Ki-moon "]

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O desafio humanitário é o mais imediato na Líbia, disse esta quinta-feira o Secretário-Geral da ONU na conferência internacional de apoio ao país africano em Paris.

No seu discurso, na reunião que junta cerca de 60 líderes mundiais, Ban Ki-moon lembrou que trabalhadores especializados incluem as cerca de 860 mil pessoas que deixaram a Líbia desde o início dos protestos antigovernamentais, em Fevereiro.

Forte Pressão

Ban apontou que serviços públicos estão sob forte pressão, incluindo em hospitais e clínicas. De acordo com o Secretário-Geral, cerca de 60% da população da capital, Trípoli, não tem água ou saneamento num momento em que continuam combates esporádicos, particularmente no sul do país. "

Segundo agências noticiosas, na cimeira “Amigos da Líbia”, o Conselho Nacional de Transição, NTC, deverá pedir auxílio para as áreas de segurança, reconstrução e preparação do país para a democracia.

Papel da ONU

Ban Ki-moon faz-se acompanhar pelo assessor especial para o planeamento pós-conflito na Líbia, Ian Martin, e de seu enviado especial, Abdel Al-Khatib, bem como o sub-secretário-geral para Assuntos Políticos, B. Lynn Pascoe.

Após uma sessão do Conselho de Segurança da ONU, nesta terça-feira, Martin disse haver um forte desejo no seio do órgão e do NTC que a ONU desempenhe um papel fundamental no apoio à assistência internacional para a Líbia.

A cimeira é organizada pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy e primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron. Entre os presentes também estão a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, e representantes da China e da Rússia.