Agência estima que cerca de 80% da população em países em desenvolvimento depende de plantas tradicionais para as suas necessidades de saúde básica.
[caption id="attachment_203941" align="alignleft" width="350" caption="Foto: OMS"]
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Mais de duas em cada três espécies de plantas do mundo têm valor medicinal, aponta a Organização Mundial da Saúde, OMS.
Em nota apresentada na véspera do Dia Africano da Medicina Tradicional, celebrado a 31 de Agosto, a agência lembra que entre um quarto e metade dos medicamentos modernos são derivados de plantas.
Conservação
O dia, a ser assinalado sob o tema “Conservação de plantas medicinais: Património de África”, é para a OMS um momento para “celebrar o sucesso de medicamentos como a artemisina e o quinino,” usados para tratar a malária.
A agência estima que cerca de 80% da população de países em desenvolvimento depende da medicina tradicional para as suas necessidades de saúde básicas.
Sucessos
Entre os sucessos alcançados pelos países africanos, a agência aponta progressos no cultivo e conservação de plantas medicinais. Políticas nacionais de conservação de plantas medicinais e directrizes da OMS sobre Boas Práticas Agrícolas foram adoptadas por 13 nações africanas.
Por outro lado, 17 países cultivam plantas medicinais em diferentes etapas. Outros produzem novas variedades e realizaram inventários, incluindo a compilação de informações científicas sobre plantas medicinais, bem como orientações sobre a sua recolha e conservação.
Esgotamento
Apesar dos feitos alcançados em vários domínios, a OMS ponta desafios como o que considera “esgotamento invulgar” das plantas medicinais devido a motivos que incluem a degradação ambiental, queimadas descontroladas e más práticas agrícolas e de exploração madeireira.
A falta de legislação para a conservação sustentável de plantas medicinais e de mecanismos para a protecção de espécies ameaçadas são igualmente apontados como sérios desafios de preservação de plantas tradicionais.