Presidente eleito de Cabo Verde aposta em nova abordagem diplomática para cidadãos na diáspora
Em entrevista à Rádio ONU, Jorge Carlos Fonseca defende importância da criação de estatuto especial, com condições privilegiadas aos cabo-verdianos no exterior.
[caption id="attachment_203788" align="alignleft" width="350" caption="Jorge Luis Carlos Fonseca foi eleito no úiltimo Domingo"]
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O presidente eleito de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, disse apostar numa nova abordagem para melhorar a focalização do contributo dos cidadãos no exterior com vista ao progresso do arquipélago.
Em entrevista à Rádio ONU, da Cidade da Praia, o candidato vencedor das presidencias pelo MpD, na oposição, disse haver um “enorme potencial” nos cidadãos no exterior, a ser explorado para desenvolver o país.
Diplomacia
Fonseca apontou ser necessário o exercício de uma diplomacia que privilegie relações das ilhas com as comunidades, estimulando a sua vastidão e riqueza.
“Podemos indicar sectores onde pode ser prioritário o investimento dos nossos conterâneos. Talvez pensemos no estatuto de imigrante investidor, o estatuto especial, que dê condições privilegiadas às nossas diásporas porque isso é extremamente muito importante. Mesmo agora, a participação das nossas comunidades em Cabo Verde, representa tanto ou mais do que a cooperação externa. É um potencial enorme a ser desenvolvido”, explicou.
Ganhos
Para o presidente eleito, a promoção do diálogo que deve ser baseada na indicação de rumos a serem seguidos por cidadãos cabo-verdianos para privilegiar recursos e ganhos individuais, para famílias e dos concelhos.
O vencedor da segunda volta das presidenciais cabo-verdianas, concluídas no domingo, defendeu que o contacto com emigrantes deverá enriquecer o investimento em áreas da economia nacional até agora relegadas.
Nesta quinta-feira, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, apontou que a promoção da paz e do desenvolvimento de Cabo Verde teriam o apoio contínuo da organização.