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FAO propõe fórmula para ajudar países a economizar na ajuda alimentar

FAO propõe fórmula para ajudar países a economizar na ajuda alimentar

A partir da crise no Corno de África, agência revela aposta na recuperação da capacidade alimentar dos afectados; encontro ministerial decorre em Roma nesta quinta-feira.

[caption id="attachment_203286" align="alignleft" width="350" caption="Investimento na capacidade produtiva das zonas de risco pode combater a fome no Corno de África"]

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Cada dólar investido na agricultura pode poupar 10 dólares na ajuda alimentar com a entrada e disponibilidade da produção no mercado alguns meses mais tarde, aponta a Organização da ONU para Agricultura e Alimentação, FAO.

As declarações foram feitas, esta quarta-feira, pela chefe dos Serviços de Emergência da agência para África, Cristina Amaral, às vésperas da reunião dos países-membros para discutir a Crise no Corno de África, em Roma.

Boa Direcção

Em entrevista à Rádio ONU, da capital italiana, Amaral disse que o investimento dos países na recuperação da capacidade produtiva das populações das zonas de risco colocaria o combate à fome “numa boa direcção”.

“Esta não é uma reunião para pedir fundos. Isso foi muito claro desde o princípio. Esta é uma reunião para alertar que medidas concretas podem levar a uma saída imediata da crise, e por o foco à volta da importância de que os sistemas de produção na zona possam ter capacidade para resistir porque estas secas são recorrentes”, frisou.

Resposta

Além de governos, parceiros humanitários e de desenvolvimento devem abordar, esta quinta-feira,  o reforço da resposta da comunidade internacional para a situação alimentar no Corno de África. A ONU estima que mais de 12 milhões de pessoas estejam afectadas pela crise alimentar na região africana.

No evento será feito um balanço da evolução da situação, necessidades e deficiências na crise além de serem identificados programas concretos, projectos e outras acções para o Corno de África. Pretende-se, igualmente, abordar tanto as necessidades imediatas como as causas subjacentes da crise.

O encontro, que se segue à Reunião Ministerial de Emergência sobre o Corno de África, realizada a 25 de Julho, deve fornecer subsídios para as conferências de doadores da Nações Unidas e da União Africana.