Estudo aponta redução de fundos para combater o HIV/Sida
Governos doaram US$ 740 milhões a menos que em 2009; Onusida alerta para implicações da medida para o futuro.
[caption id="attachment_203248" align="alignleft" width="350" caption="Combinação de factores gerou redução"]
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Contributos de governos para financiar acções de combate ao HIV/Sida, em países de baixa e média renda, caíram 10% no ano passado, aponta uma pesquisa publicada esta segunda-feira.
O estudo feito pela Fuddação Kaiser e o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Sida, Onusida, aponta que os doadores desembolsaram cerca de US$ 6,9 mil milhões de dólares em 2010.
Países em Desenvolvimento
O valor corresponde a menos US$ 740 milhões em relação ao desembolsado para financiar o tratamento e prevenção do HIV nos países em desenvolvimento, em 2009.
A redução deveu-se principalmente a uma combinação de factores, como reduções reais da ajuda para o desenvolvimento, flutuações nas taxas de câmbio das moedas e um abrandamento no ritmo de contribuições dos EUA.
Investimento
O director executivo do Onusida, Michel Sidibé, frisou que alocar fundos no combate ao HIV é um investimento sábio, mesmo nas actuais dificuldades económicas, pelo facto de reduzir os custos no futuro.
Para atingir as metas de acesso universal para a prevenção, tratamento, cuidados e apoio, a agência estima que será necessário um investimento de pelo menos US$ 22 mil milhões, até 2015.
Segundo defende, o aumento do financiamento a tal nível poderia evitar mais de 12 milhões de novas infecções e mais de 7 milhões de mortes.