Confrontos contínuos em Kordofan-Sul “desapontam” Ban Ki-moon
Secretário-Geral diz-se preocupado com o facto do mandato da Missão da ONU no Sudão cessar a 9 de Julho; combates entre forças do Norte e Sul do Sudão já provocaram mais de 73 mil desalojados.
[caption id="attachment_200512" align="alignleft" width="350" caption="Ban Ki-moon"]
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon manifestou o seu “desapontamento com a continuação dos confrontos” no estado sudanês de Kordofan-Sul e pediu um acordo para a cessação das hostilidades.
Em nota, publicada nesta terça-feira, Ban deplora a gravidade do impacto humanitário em consequência dos confrontos entre forças do norte e do sul do Sudão. Desde o seu início, em princípios de Junho, os confrontos já fizeram mais de 73 mil desalojados.
Protecção de Civis
As partes devem cessar imediatamente as hostilidades, garantir a protecção de civis e dar todo o apoio necessário para a distribuição de ajuda humanitária aos necessitados, aponta o Secretário-Geral.
Ban mostra-se preocupado com o facto do mandato da Missão da ONU no Sudão, Unmis, cessar a 9 de Julho, data que marca o fim do Acordo Abrangente de Paz que pôs fim à guerra de 20 anos entre o norte e o sul. No mesmo dia, o Sul do Sudão torna-se oficialmente independente - após o referendo realizado em Janeiro como parte do pacto.
Implementação do Acordo
A Unmis apoia a implementação do acordo através dos seus “bons ofícios e dando apoio político às partes, na monitorização e verificação dos arranjos de segurança.” De acordo com a ONU, a missão oferece também assistência em várias áreas incluindo as da governação, reabilitação e desenvolvimento.
Ban apela às partes que resolvam as questões divergentes por meio do diálogo político, “com base no acordo de estrutural sobre política e segurança sobre Kordofan-Sul.” O entendimento foi assinado na semana passada pelo governo do Sudão e Movimento de Libertação do Povo do Sudão, Splm-Norte.
O Secretário-Geral promete oferecer o seu “apoio contínuo ao governo sudanês e a todas as partes para resolver o conflito, na implementação do cessar-fogo e facilitação da assistência humanitária aos necessitados.”