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ONU quer prestação de contas de violadores na RD Congo

ONU quer prestação de contas de violadores na RD Congo

Equipa de investigadores da ONU identifica falta de punição para envolvidos em centenas de estupros na província de Kivu-Norte  no ano passado.

[caption id="attachment_200461" align="alignleft" width="350" caption="Navi Pillay, alta comissária dos Direitos Humanos da ONU"]

Eleutério Guevane, da Rádio ONU, em Nova Iorque.

Continua a faltar de prestação de contas, justiça e segurança para vítimas de estupros na região congolesa de Walikale, aponta um relatório do Escritório da ONU dos Direitos Humanos.

No documento, publicado esta terça-feira, em Genebra, uma equipa de investigadores aponta que cerca de 387 pessoas foram estupradas. Os actos ocorreram entre 30 de Julho e 2 de Agosto de 2010, em 13 aldeias da província de Kivu-Norte na República Democrática do Congo, RD Congo.

Grupos Armados

Na ocasião, uma aliança de grupos armados raptou 116 pessoas, tendo pilhado 965 casas e estabelecimentos comerciais. De acordo com os investigadores, as vítimas de estupro incluiam 300 mulheres, 23 homens e 64 crianças.

A alta comissária dos Direitos Humanos, Navi Pillay, aponta que a falta de progressos nas investigações e a não aplicação das medidas legais contra os responsáveis representavam “um obstáculo sério para a conter futuras violações.”

Familiares e Comunidades

Os investigadores constataram que grande parte dos estupros, levados a cabo por grupos de homens, cometidos na presença de membros das famílias e comunidades.

Pillay aponta que o governo congolês tem responsabilidade primária pela protecção das populações, e pede a copmunidade internacional que equipe melhor a Missão da ONU na RD Congo, Monusco,”com vista a cumprir plenamente o seu mandato.”