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Conferência apoiada pela ONU debate exílio e literatura em Paris BR

Conferência apoiada pela ONU debate exílio e literatura em Paris

Evento marcou o 60º aniversário da Convenção dos Refugiados de 1951 e o Dia Mundial dos Refugiados; muitos autores se abrigaram na cidade fugindo de perseguições em seus países de origem.

Anelise Borges, da Rádio ONU em Paris.

A Câmara Municipal de Paris e o Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur, organizaram a Conferência de Escritores "Exílio e Literatura". O evento serviu para marcar os 60 anos da Convenção dos Refugiados de 1951 e o Dia Mundial dos Refugiados.

O objetivo foi discutir o papel de Paris como uma cidade de refúgio para centenas de escritores e outros artistas atraídos pela excelência intelectual e artística, sem esquecer os que fogem da perseguição em seus países de origem.

Liberdade e Direitos Humanos

Durante a abertura do evento, o vice-prefeito de Paris Pierre Schapira afirmou que a cidade "estará sempre do lado da liberdade e direitos humanos." Recentemente, Paris juntou-se à Rede Internacional de Cidades Refúgio, uma associação de 37 metrópoles e regiões empenhadas em oferecer um porto seguro a escritores perseguidos.

"Temos que permitir que escritores continuem a criar e a escrever", afirmou Schapira.

Entre os escritores que participaram na conferência estão o romancista congolês Alain Mabanckou; o poeta palestino Elias Sanbar e o escritor cubano Zoé Valdés.

Segundo o poeta palestino, ao mesmo tempo que "exílio faz você perder o seu mundo",ele também pode "fazer você descobrir um novo mundo ."

A conferência "Exílio e Literatura" foi organizada pela cidade de Paris, com a ajuda da Organização Internacional da Francofonia, a Biblioteca do Centro Pompidou e o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Acnur.