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Quatro ex-líderes do Khmer Vermelho são ouvidos em tribunal da ONU BR

Quatro ex-líderes do Khmer Vermelho são ouvidos em tribunal da ONU

Entre os reus, está a ex-ministra dos Assuntos Sociais, Ieng Thirith; ela sentou-se ao lado do marido e também acusado, Ieng Sary, ex-chanceler cambojano; os quatro enfretam acusações de genocídio e crimes contra a humanidade.

[caption id="attachment_199449" align="alignleft" width="350" caption="O museu Tuol Sleng do genocídio no Camboja documenta as ações do Khmer Vermelho."]

Eleutério Guevane, da Rádio em Nova York.*

Quatro ex-líderes do regime Khmer Vermelho compareceram, nesta segunda-feira, ao Tribunal sobre o Camboja na capital do país, Phnom Penh, para serem indiciados por crimes contra a humanidade e genocídio.

O tribunal é apoiado pela ONU. Além do “número 2” do regime de Pol Pot, Nuon Chea, os outros reus são o ex-chefe de Estado, Khieu Samphan, o ex-chanceler cambojano, Ieng Sary e mulher dele, Ieng Thirith, que era ministra dos Assuntos Sociais.

Acusações

Eles são acusados de genocídio e crimes contra a humanidade, mas negam as acusações. O regime do Khmer Vermelho é responsável pela morte de pelo menos 2 milhões de pessoas no Camboja, na década de 70.

A audiência, desta segunda-feira, foi transmitida por TV em rede nacional.

O julgamento dos quatro deve ocorrer em setembro.

Todos os reus estão na faixa dos 80 anos e foram presos em 2007. O ex-ministro das Relações Exteriores chegou a receber o perdão do rei do Camboja, há 15 anos, como parte de um acordo que resultou na rendição do movimento Khmer Vermelho.