Antiga ministra, Pauline Nyiramasuhuko foi acusada de genocídio, conspiração e crimes contra a humanidade.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Tribunal Penal Internacional para o Ruanda, condenou, esta sexta-feira, à prisão perpétua, a antiga ministra ruandesa do Desenvolvimento, Família e Mulher. Pauline Nyiramasuhuko foi acusada de genocídio, conspiração para cometer genocídio e crimes contra a humanidade.
De acordo com o porta-voz do tribunal, Roland Amoussougga, Nyiramasuhuko desempenhou um papel activo na chamada ao genocídio para violar mulheres e raparigas tutsis. Ela foi detida em 1997.
Pioneira
Segundo o porta-voz, o facto marcante no caso é que a antiga governante, de 65 anos, é a primeira mulher sentenciada pelo Tribunal para o Ruanda, com sede na cidade tanzaniana de Arusha.
Cerca de 80 mil tutsis e hutus moderados foram assassinados no genocídio ruandês, ocorrido em 100 dias.
O seu filho e outros quatro funcionários do governo também acusados de genocídio e de instigar a prática do massacre, aponta o porta-voz.
Uma nota do Tribunal aponta ter cumprido 90% do trabalho no caso ruandís foi completado. A instituição aponta ter indiciado 92 pessoas, e preso 83 acusados. 9 continuam foragidos.