Documento ressalta aumento de 10% de benefícios, em 2009, para compensar perdas da inflação; organização estima que, em todo o mundo, entre 47 e 84 milhões de pessoas foram lançadas na pobreza extrema por causa da recessão global.
[caption id="attachment_199018" align="alignleft" width="350" caption="Segundo a ONU, recuperação pós-crise é frágil."]
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova York.*
O programa Bolsa Família foi mais uma vez elogiado pelas Nações Unidas. Segundo o “Relatório sobre a Situação Econômica: A Crise Social em 2011”, a iniciativa brasileira atendeu 12 milhões de pessoas. E em 2009, aumentou os benefícios em 10% para compensar as perdas da inflação.
De acordo com os economistas da ONU, a recuperação pós-crise é assimétrica e frágil. Eles estimam que a recessão global lançou de 47 a 84 milhões de pessoas na pobreza extrema. O número de pessoas que estão passando fome também aumentou para cerca de 1 bilhão, o mais alto de todos os tempos.
205 Milhões de Desempregados
O relatório da ONU revelou que em 2009, havia 205 milhões de desempregados. E os ajustes fiscais afetaram diretamente as áreas da saúde, da educação e da alimentação.
Os demais países de língua portuguesa citados no relatório são Moçambique e Portugal. A nação africana é lembrada pelos desafios em combater à má nutrição infantil, e pelos protestos contra a alta dos preços dos alimentos, registrados em 2010.
Já Portugal, ao lado da Grécia, da Irlanda e da Espanha, foi mencionado por reduzir, significativamente, os valores de ajuda externa para enfrentar a crise da dívida.
*Apresentação: Luisa Leme, da Rádio ONU em Nova York.