OMS quer baixar infecções de HIV em homossexuais e transgéneros
Agência lança directrizes para conter infecções de transmissão sexual; países desenvolvidos destacam-se em novas infecções e nova epidemia do vírus observada em homossexuais de África, Ásia, América Latina e Caraíbas
[caption id="attachment_198715" align="alignleft" width="350" caption="Maior prevenção para o HIV entre homossexuais é necessária."]
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, lançou novas recomendações para melhorar o acesso e serviços de prevenção para o HIV e infecções de transmissão sexual entre homossexuais e transgéneros.
O lançamento das directrizes, inéditas para os dois grupos, ocorreu esta terça-feira, em Genebra, quando o índice de infecção de HIV entre homens que têm sexo com homens está a subir.
Ressurgimento de infecções
A OMS aponta que está a ser observado um ressurgimento de infecções por HIV entre homossexuais, principalmente nos países industrializados e de novas epidemias do vírus entre homens que fazem sexo com homens em África, Ásia e América Latina e Caraíbas.
Uma razão apontada para o facto é a ocorrência de estima contra os homossexuais e trasgéneros. Em vários países, a criminalização dos relacionamentos sexuais leva a que estes sejam mantidos em segredo, o que provoca receios de que se recorra a serviços de prevenção e tratamento.
Cuidados
As 21 directrizes divulgadas pela OMS e parceiros incluem novas abordagens e sugerem formas mais práticas para estimular à prevenção diagnóstico e cuidados para os dois grupos, aponta a agência.
As recomendações foram desenvolvidas em 2010, num processo que envolveu consultas com funcionários de saúde, cientistas e representantes da sociedade civil.