Líderes mundiais se reúnem na ONU para debater resposta ao HIV
Encontro de Alto Nível, aberto nesta quarta-feira, discute progressos, recomendações e deve adotar uma resolução sobre o tema; Ban Ki-moon quer mais engajamento dos jovens e da tecnologia da informação na prevenção do vírus.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova York.*
Dezenas de líderes internacionais abriram, nesta quarta-feira, em Nova York, o Encontro de Alto Nível sobre HIV/Aids para debater a resposta global à epidemia.
A reunião, na Assembleia Geral, começou com um discurso do presidente da casa, Joseph Deiss, que afirmou ser este “um momento crítico”. Ao assumir a palavra, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, explicou o primeiro dos cinco pontos da ação de combate ao HIV.
Segurança e Dignidade
Segundo ele, a união dos países e parceiros para formar uma solidariedade global é fundamental no sucesso da proposta. Ban Ki-moon também falou sobre os baixos custos dos medicamentos, novos programas de prevenção, prestação de contas com ações voltadas para os direitos humanos, segurança e dignidade de meninas e mulheres.
Para o Secretário-Geral é hora de fazer uma “Revolução da Prevenção”, realçando o poder do uso de novas tecnologias de informação pelos jovens do mundo inteiro.
Antes do Encontro de Alto Nível, o infectologista da Organização Mundial da Saúde, Marco Vitória, falou à Rádio ONU, de Genebra, sobre os planos da OMS.
Serviços
“Continuar expandindo o acesso ao tratamento, de uma forma mais sustentável, buscando ampliar o processo de simplificação e descentralizar ainda mais os serviços. A tentativa é de se fazer um plano em que se busque aumentar o diagnóstico, simplificar o tratamento e manter o paciente sob um bom controle mesmo fora de grandes centros urbanos”, afirmou.
O encontro na Assembleia Geral baseia-se no relatório “Unidos pelo Acesso Universal: Rumo a Zero Novas Infecções, Zero Discriminação e Zero Doenças Relacionadas à Aids”.
Vários representantes dos países de língua portuguesa discursam no evento. Moçambique será o primeiro, seguido por Brasil, Timor-Leste, Angola, Guiné-Bissau e Portugal.
O Brasil está sendo representado pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e pelo ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota.
*Apresentação: Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.