Declaração foi feita pela alta comissária de Direitos Humanos, Navi Pillay, nesta sexta-feira; ONGs dizem que número de mortos, em protestos contra o governo, é de 860.
[caption id="attachment_196526" align="alignleft" width="350" caption="Navi Pillay"]
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova York.*
A alta-comissária de Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, afirmou que o Iêmen pode estar à beira de uma guerra civil. Ela disse que está alarmada com a repressão violenta a protestos antigovernamentais.
Desde janeiro, milhares de manifestantes em todo o país estão pedindo que o presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, saia do poder. Pillay condenou ainda os bombardeios a áreas residenciais realizados por tropas do governo.
Mortos
De acordo com agências de notícias, os ataques aéreos ocorreram na província de Naham, no nordeste da capital Sanaa.
Segundo a ONU, não é possível verificar o número exato de mortos e feridos pela violência no Iêmen. Mas organizações não-governamentais indicam que pelo menos 860 pessoas teriam sido mortas incluindo mulheres e crianças.
A alta comissária pediu ao governo que pare com o uso desproporcional da força e que deixe de alvejar ativistas, jornalistas e defensores dos direitos humanos.
No próximo mês, uma equipe de investigadores da ONU deve visitar o país, do sudoeste da Ásia, a convite do governo iemenita para avaliar a situação dos direitos humanos.
*Apresentação: Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.