Segundo pesquisa do Unicef, pessoas de classe económica mais avantajada apresentam maiores probabilidades de sobrevivência e vacinação; Sudão e Iémen revelam fossos mais acentuados.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Persistem as disparidades, apesar de progressos alcançados na melhoria da saúde de mulheres e crianças no Norte de África e Médio Oriente, revela um estudo do Fundo da ONU para a Infância, Unicef.
A pesquisa conduzida em 10 países da região teve foco no acesso à saúde de mulheres e crianças de 20% da população urbana e rural. Além da Argélia, Djibuti, Egipto e Tunísia, foram estudados casos do Iraque, Jordânia, territórios palestinos, Síria e Iémen.
Assistência
Crianças da porção da população economicamente mais avantajada apresentaram maiores probabilidades de sobrevivência e vacinação em relação às de famílias mais pobres.
Seguindo mesma tendência, o estudo indicou uma maior probabilidade das mulheres de classes mais favorecidas terem acesso à contracepção, cuidados médicos durante a gravidez e assistência médica profissional durante o parto.
Pobreza
As maiores disparidades são verificadas no Sudão, onde uma criança de uma família rica é mais propensa a receber vacinação contra o sarampo do que um menor de uma família mais pobre.
O estudo aponta que no Iémen, uma criança de camada populacional menos favorecidas é três vezes mais propensa a morrer antes dos cinco anos em relação a outra de classe mais rica.
Assistência
Segundo o Unicef, o cenário pode inverter, com uma maior assistência a programas de saúde a nível local, baseada no reforço das unidades sanitárias e treino de trabalhadores comunitários com técnicas modernas simplificadas.
A agência recomenda também que seja prestado maior auxílio com vista à prestação de serviços de qualidade com melhor custo-benefício, além de melhorias do transporte para os mais pobres.