Resolução do órgão foi adotada por 26 votos a favor, incluindo o do Brasil, 9 contra e 7 abstenções; em discurso, embaixadora Maria Nazareth Farani Azevêdo pediu fim da escalada da violência no país árabe.
[caption id="attachment_193958" align="alignleft" width="175" caption="Situação Preocupa"]
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
O Conselho de Direitos Humanos adotou, nesta sexta-feira, em Genebra, uma resolução condenando a violência a civis na Síria.
Segundo o órgão, pelo menos 450 pessoas teriam morrido na repressão a manifestantes pró-democracia no país árabe. A resolução recebeu 26 votos a favor, 9 contra e 7 abstenções.
Missão de Inquérito
O Brasil está entre os países que apoiaram o texto da resolução, que inclui o envio de uma missão de inquérito à Síria, a condenação de violações dos direitos humanos e um chamado ao fim imediato da violência a manifestantes.
A embaixadora brasileira, Maria Nazareth Farani Azevêdo, disse à Rádio ONU em Genebra, que o Brasil está preocupado com a situação na Síria e em toda a região.
Armas e Balas
"O Brasil fez um chamado para que a repressão violenta nesses países seja, de alguma forma, encerrada, e que os países procurem diálogos políticos. Não são as armas e as balas que irão resolver essa questão. E nós chamamos o Conselho a não agir com seletividade, mas tratar todos os países que têm problemas semelhantes aos da Síria com os mesmos remédios", afirmou.
A embaixadora brasileira lembrou ainda que o Brasil tem uma grande comunidade síria. Maria Nazareth Farani Azevêdo disse que uma das propostas discutidas é uma viagem da alta comissária à Síria.
"Há também um encorajamento para que a alta comissária, Navi Pillay, faça uma viagem à Síria, investigue o que está acontecendo e volte ao Conselho de Direitos Humanos já no mês de junho para dizer o que ela viu e ouviu no terreno", contou.
Vários representantes das Nações Unidas já pediram o fim da violência na Síria e uma investigação independente sobre as mortes de manifestantes pacíficos no país.
O embaixador da Síria em Nova York, Bashar Ja'afari, disse que o governo não é a favor da violência. Segundo ele, grupos armados e estrangeiros estariam se infiltrando entre os manifestantes e disparando contra os civis no país.