Os três poderão responder por crimes contra a humanidade no Tribunal Penal Internacional; segunda audição será nesta sexta-feira.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Três quenianos acusados de perpetrar violência pós-eleitoral em 2008 compareceram esta quinta-feira, pela primeira vez, perante o Tribunal Penal Internacional, em Haia.
Os ministros William Ruto e Henry Kosgey e o jornalista de rádio, Joshua Sang, apresentaram-se no tribunal para ouvirem acusações de crimes contra a humanidade, incluindo assassinatos, transferência forçada e perseguição.
Alegações
Alegações de fraude eleitoral nas presidenciais de Dezembro de 2007 conduziram aos confrontos étnicos que causaram a morte de cerca de 1500 pessoas.
Durante as audições, os juízes do TPI questionaram aos três acusados se estariam suficientemente informados sobre as alegações e os seus direitos.
O grupo, que integra seis figuras proeminentes da política e do governo, foi intimado a comparecer ao tribunal pelo seu papel na violência pós-eleitoral.
Dois Processos
O promotor-chefe do TPI, Luís Moreno OCampo, apresentou o caso em dois processos, acusando os membros do governo e da oposição de instigarem a violência. Todos negam envolvimento nos crimes.
Na sexta-feira, o vice primeiro-ministro e ministro das finanças, Uhuru Kenyatta, comparecerá diante do tribunal juntamente com o chefe dos Serviços Civis, Francis Muthaura e o antigo comandante da Polícia, Hussein Ali.
Os três devem ouvir acusações de assassinato, transferência forçada, estupro e perseguição.