Ao discursar em Londres em reunião de alto nível sobre futuro do país, Ban Ki-moon diz que “prioridade é salvar vidas e fornecer ajuda humanitária irrestrita aos líbios.”
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou numa reunião de alto nível, em Londres, sobre o futuro da Líbia, que a prioridade da comunidade internacional é evitar a morte de civis no país norte-africano.
Segundo ele, quando os bombardeios começaram, há mais de uma semana, as forças do governo estavam prontas para entrar em Benghazi, o reduto dos rebeldes no leste do país. Ban disse que a operação militar evitou o que ele chamou de "um banho de sangue".
Solução Política
Mas para o Secretário-Geral da ONU, as operações militares somente não irão resolver o problema. Tampouco criar uma solução política que atenda às aspirações do povo líbio.
Ele disse que apoia a formação de um "Grupo de Contato para Líbia", sugerida pelo premiê britânico David Cameron. Ban disse que está pronto para liderar a iniciativa.
Ban afirmou que a proposta deve ser coordenada, de perto, com as Nações Unidas, a Liga Árabe, a União Africana, a Organização da Conferência Islâmica e a União Europeia.
Apelo de Emergência
Segundo a Organização Internacional para Migrações, 380 mil pessoas já deixaram a Líbia desde o começo do conflito entre simpatizantes e opositores do líder líbio, Muammar Kadafi. Cerca de 13 mil pessoas continuam, sem poder sair, pelas fronteiras do Egito e da Tunísia.
O Secretário-Geral disse que é preciso acesso irrestrito para ajuda humanitária chegar a quem precisa. Até o momento, a comunidade internacional entregou 67% do apelo de emergência feito para as vítimas do conflito na Líbia.