Número de refugiados ultrapassa os 6 mil; agência da ONU acciona plano de contingência para abastecer países vizinhos.
[caption id="attachment_189241" align="alignleft" width="175" caption="Foto: Acnur"]
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Acnur, está a adoptar planos de contingência para Cote d'Ivoire, também conhecida como Costa do Marfim, face à situação de instabilidade contínua.
A situação de instabilidade instalou-se depois do Tribunal Constitucional ter revertido a proclamação da vitória de Alassane Ouattara, antes anunciada pela Comissão Eleitoral Independente, CEI.
Abastecimentos
O Tribunal citou alegações de irregularidades no norte do país e declarou Laurent Gbagbo o vencedor da segunda volta das presidenciais de 28 de Novembro.
A agência transportou abastecimentos por via aérea para a Libéria e Guiné-Conacri e anunciou estar preparada para suprir as necessidades de mais de 30 mil refugiados.
Protecção
O número de marfinenses que fugiram para a Libéria já chega aos 6,2 mil. Destes, 6 mil estão acampados na região de Nimba, no leste da Libéria, e os restantes na Guiné-Conacri.
Em declarações esta terça-feira, em Genebra, o porta-voz do Acnur, Adrian Edwards, explicou que Nimba era o principal destino do auxílio por abrigar a maioria dos refugiados marfinenses.
Segundo o porta-voz, a maioria dos abastecimentos foi enviada para o distrito de Nimba, para garantir o registo apropriado de refugiados na fronteira e oferecer ajuda. Ele acrescentou que foram instalados centros de registo em 15 conselhos da Libéria onde estão a ser distribuídos bens básicos como jerricãs, colchonetes e outros.
A agência refere que a maioria das pessoas são mulheres e crianças em busca de protecção e que um pequeno número dos instalados na Libéria contou ter sido vítima de espancamento.
Segundo o Acnur, ainda não foram registados marfinenses em Burkina Faso, Ghana e Mali.