Aprovação da medida pelo FMI e Banco Mundial reduz em 87% a dívida externa do país da África Ocidental.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O FMI e o Banco Mundial aprovaram nesta quinta-feira o perdão da dívida da Guiné-Bissau, avaliada em US$ 1,2 mil milhão. Com a medida, a dívida do país reduz em 87%.
Ambas as instituições admitem que o país da África Ocidental seguiu todos os passos para atingir a etapa final ou "Ponto de Conclusão" da iniciativa de apoio aos países altamente endividados, Hipc.
Ponto de Conclusão
O alcance do ponto de conclusão permite que a Guiné-Bissau seja elegível para a Iniciativa Multilateral de Alívio da Dívida, conhecida por Mdri.
Paulo Drummond, da missão do FMI na Guiné-Bissau, assinalou os progressos alcançados pelo país nos últimos anos, o reforço das suas políticas e o desempenho macroeconómico após um período prolongado de instabilidade política.
Desempenho Económico
Segundo apontou, o facto de ter alcançado o "Ponto de Conclusão" vai ajudar a melhorar as suas relações com credores externos.
Ele explicou que o país estará em condições de caminhar para a sustentabilidade da dívida, enviando uma mensagem positiva aos doadores e possíveis investidores.
Diversificação
O Banco Mundial e o FMI apontam, entretanto, para a necessidade das autoridades guineenses assegurarem a estabilidade política, progressos nas reformas económicas - incluindo no sector da segurança.
As instituições recomendam ainda que a Guiné-Bissau aposte na diversificação das exportações com vista à mobilização de mais receitas domésticas para que alcance uma sustentabilidade a longo prazo e progressos nos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio.