Novo pacote de tratamento promete providenciar medicamentos antiretrovirais para salvar vidas de milhares de mães e crianças como nunca antes.
[caption id="attachment_187937" align="alignleft" width="175" caption="Pacote de tratamento"]
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Apesar do registo anual de 370 mil crianças nascidas com HIV, é possível chegar a uma geração livre do Sida, refere o novo relatório das Nações Unidas.
O documento publicado nesta terça-feira recomenda o mundo a acelerar unido nos passos em direcção ao acesso universal na prevenção, tratamento e protecção social contra o HIV.
União
Para atingir tal objectivo, é necessário alcançar inivíduos dos sectores mais marginalizados da sociedade, adverte o relatório.
O documento intitulado "Crianças e o Sida, Relatório do Quinto Inventário" indica que mulheres e crianças têm sido os mais marginalizados devido às desigualdades.
Segundo o Director Executivo do Fundo das Nações Unidas para a Infància, Unicef, Anthony Lake, "na origem dos desequilíbrios estão diferenças do género, estatuto económico, localização geográfica, nível educacional e estatuto social."
OMS
O responsável discursava em Nova Iorque, no lançamento do relatório compilado pelo Unicef e mais quatro agências, incluindo a Organização Mundial da Saúde, OMS.
Segundo apontou ,"diariamente, cerca de mil bebés são infectados pelo vírus HIV na transmissão de mãe para filho. O relatório sublinha inovações, como o pacote de mãe para filho que pode providenciar antiretrovirais para salvar vidas de mães e crianças como nunca antes".
O tratamento tem o objectivo de evitar a transmissão vertical do HIV de mãe para filho. Em todo o mundo, o Sida é uma das maiores causas de morte nas mulheres em idade reprodutiva.
A pandemia é também a maior causa da mortalidade em países com endemias generalizadas.
Na África Subsaariana , 9% da mortalidade das mães é atribuída ao HIV/Sida.