Segundo previsões da agência, mundo terá 405 milhões de pessoas a viver fora de seus países de origem.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
A Organização Internacional para Migrações, OIM, informou que o número de migrantes no mundo deve ser de 405 milhões de pessoas em 2050.
A previsão foi feita no Relatório Mundial sobre Migração, lançado pela agência nesta segunda-feira.
Mudanças Climáticas
De acordo com o documento, a quantidade de trabalhadores de países em desenvolvimento e de pessoas que fogem dos efeitos das mudanças climáticas levarão ao aumento dos migrantes internacionais.
O porta-voz da OIM, Frank Laczko, disse que economias emergentes na Ásia, África e na América Latina estão a tornar-se destinos para trabalhadores de outros países.
A chefe da agência em Portugal, Marta Bronzin, disse haver uma intensificação da migração nos países do hemisfério sul.
"O fluxo de migração Sul-Sul é muito forte e muitos dos países africanos recebem migrantes africanos de países próximos. A proximidade geográfica em África é muito importante, influencia muito os fluxos migratórios", disse.
Segundo a agência, os índices de desemprego entre migrantes é, frequentemente, duas vezes mais alto que o de empregados locais.
A OIM informou que apesar de incentivos de algumas nações para que os migrantes voltassem à casa, a maioria deles não retornou porque a situação na terra natal, em muitos casos, é ainda pior que na Europa ou na América do Norte.
O relatório também revela que apesar da crise económica global, as remessas de trabalhadores migrantes não baixaram.
No ano passado, mais de US$ 316 bilhões, equivalentes a R$ 537 bilhões, foram enviados para os países em desenvolvimento.
*Apresentação: Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.