As cheias começaram no início deste mês e já causaram pelo menos cinco mortos e contribuiram para a perda de 100 mil cabeças de gado; agência indicou que o país necessita de 10 mil toneladas de comida e enfrenta uma situação grave de insegurança alimentar.
Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova Iorque.
As Nações Unidas estão a apelar para uma ajuda urgente ao Niger, onde recentes cheias deslocaram cerca de 200 mil pessoas e agravaram uma crise alimentar que afecta 7,5 milhões, metade da população do país.
As cheias começaram no início deste mês e já causaram pelo menos cinco mortos e contribuíram para a perda de 100 mil cabeças de gado, segundo Modiho Traoré, chefe do Escritório da ONU para Assistência Humanitária, Ocha, na nação oeste-africana.
Prioridade
Numa entrevista à Rádio ONU, Traoré disse que a situação poderia piorar nos próximos dias. Ele afirmou que a prioridade é o envio de comida.
O chefe do Ocha em Niamey indicou que o país necessita de 10 mil toneladas de alimentos e enfrenta uma situação grave de insegurança alimentar.
Modiho Traoré revelou ainda que tem chovido em todas as regiões do país e que as cheias deverão provocar mais mortos já que a estação das chuvas só termina no próximo mês.
Seca
A situação alimentar na África Ocidental e no Niger em particular já era precária devido a um período prolongado de seca.
Uma avaliação realizada pela ONU em Abril mostrou que metade da população do Niger enfrentava o espectro da fome.