Em nota, Conselho de Segurança repudia, veemente, ação contra hotel na capital do país; membros do Parlamento estão entre as vítimas.
João Rosário, da Rádio ONU em Lisboa.*
As Nações Unidas condenaram, com veemência, o ataque contra um hotel na capital da Somália, Mogadíscio. Pelo menos 30 civis morreram incluindo membros do Parlamento somali.
Numa nota, divulgada nesta terça-feira, o Conselho de Segurança pediu que os responsáveis sejam punidos.
Segundo relatos de jornalistas, o ataque foi praticado por rebeldes que estavam vestidos com fardas da polícia. Os criminosos entraram, de surpresa, disparando pelo hotel e depois teriam se suicidado.
Agências de notícias dizem que o grupo islâmico Al-Shabaab estaria por trás do ataque.
"Atos Brutais"
O representante especial do Secretário-Geral da ONU para a Somália, Augustine Mahiga, considerou que os atos "brutais, planejados para massacrar o maior número de pessoas inocentes, desafiam a compreensão racional".
Para Mahiga, "os responsáveis estão apenas interessados em causar destruição e miséria ao povo da Somália", mas que não terão sucesso.
O representante do Secretário-Geral da ONU no país africano disse que "o povo somali clama pela paz que merece e será escutado".
Só neste ano, a violência em Mogadíscio causou 3 mil mortes e levou 200 mil pessoas a abandonarem a cidade, que tem sido palco de confrontos entre tropas do governo e grupos armados islâmicos, incluindo o Al-Shabaab.
*Apresentação: Leda Letra , da Rádio ONU em Nova York.