Kaing Guek Eav, conhecido como Duch, foi sentenciado por crimes contra a humanidade durante o regime que governou o Camboja em meados dos anos 70.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
Um tribunal especial do Camboja, ECCC, na sigla em inglês, sentenciou nesta segunda-feira um ex-chefe carcerário do país a 35 anos de prisão.
Kaing Guek Eav, chamado também de Duch, foi condenado por crimes contra a humanidade durante o regime do Khmer Vermelho, que governou o Camboja de 1975 a 1979.
Execução
Segundo analistas, Duch era um dos cinco homens mais influentes do regime. Ele chefiava a prisão Tuol Sleng, ou S21, onde milhares de pessoas teriam morrido após sofrerem maus tratos.
De acordo com os promotores, os presos teriam morrido de fome e trabalho forçado.
O tribunal, apoiado pelas Nações Unidas, informou que as mais de 12 mil pessoas detidas foram sentenciadas à execução por se oporem ao Partido Comunista do país.
Pol Pot
Os juízes do caso informaram que Duch terá uma redução de cinco anos da pena recebida, nesta segunda-feira, pela forma ilegal como ele foi detido em 1999.
O julgamento que terminou em novembro passado durou 72 dias.
O regime do Khmer Vermelho, liderado por Pol Pot, é acusado de matar centenas de milhares de pessoas.