Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A Organização Internacional para Migrações, OIM, está a trabalhar com o governo sul-africano, agências da ONU e ONGs locais para responder a um possível êxodo de migrantes zimbabueanos vulneráveis que fogem à ameaças de violência xenofóbica após o mundial de futebol na África do Sul.
Um centro de apoio e recepção do órgão na cidade fronteiriça de Beitbridge informa sobre um aumento no número de migrantes do Zimbabué que decidiram regressar temporariamente à casa, com receio de ataques racistas no país vizinho.
Segundo a OIM, a localidade de Musina, a cerca de 20 kms da fronteira com o Zimbabué, é um ponto tradicional de entrada e saída para zimbabueanos.
No entanto, a última semana do mundial foi marcada por um fluxo atípico de camiões que transportavam mobílias e outros bens pessoais. Para a Organização Internacional para Migrações, isto é um sinal de que as pessoas anticipavam surtos de violência xenofóbica e estavam a enviar os seus bens para o Zimbabué para minimizar perdas.
O escritório da OIM, em Moçambique, está a acompanhar de perto os desenvolvimentos na África do Sul, onde vivem muitos moçambicanos, como disse à Rádio ONU, de Maputo, Nelly Chimedze, coordenadora de projectos contra o Tráfico Humano do órgão.
Oiça a entrevista.
Tempo: 2´21´´