Ban Ki-moon pediu aos países membros para continuarem a cooperar com o Tribunal Penal Internacional para o Ruanda para que os restantes 11 fugitivos sejam detidos e entregues; ONU comemora esta quarta-feira o Dia Internacional de Reflexão sobre o Genocídio no Ruanda.
Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A garantia de justiça para as vítimas de genocídios e a prevenção de futuras atrocidades são a melhor forma de honrar as centenas de milhares de pessoas massacradas no Ruanda em 1994.
A afirmação foi feita esta quarta-feira pelo Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, por ocasião do Dia Internacional de Reflexão sobre o Genocídio no Ruanda.
Memória
As Nações Unidas estão a observar um dia global em memória do massacre com uma série de eventos na sede, em Nova Iorque, em Genebra e nos centros de informação da ONU espalhados pelo mundo.
Mais de 800 mil pessoas foram massacradas no Ruanda há 16 anos, durante um período de menos de 100 dias. A maioria eram tutsis e hutus moderados.
Numa mensagem alusiva à data, Ban Ki-moon notou que o Tribunal Penal Internacional para o Ruanda foi a primeira corte internacional a condenar pessoas pela prática de genocídio.
Ele sublinhou que esta e outras acções judiciais similares enviaram uma mensagem clara aos perpetradores e potenciais perpetradores de genocídios de que os seus crimes hediondos não ficarão impunes.
Documentário
O Secretário-Geral pediu aos países membros para continuarem a cooperar com o tribunal, sediado na cidade tanzaniana de Arusha, para que os restantes 11 fugitivos sejam detidos e entregues.
As comemorações deste ano incluem um concerto de músicos internacionais e um grupo de jovens ruandeses e a exibição de um documentário, "À Medida que Esquecemos", sobre o poder e a dor da reconciliação no Ruanda.