Segundo o Acnur, as vidas de dezenas de milhares de civis no norte do país estão ameaçadas; funcionários da agência da ONU e de várias outras instituições humanitárias visitaram a área este fim de semana para avaliar a situação no terreno.
Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Um recente surto de confrontos entre grupos armados e pastores na República Centro-Africana forçou, pelo menos, 1,5 mil pessoas a abandonarem as suas aldeias na localidade de Batangafo, no norte do país.
O Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Ancur, disse estar profundamente preocupado com o agravamento da situação humanitária e de segurança na região, onde conflitos entre várias partes nos últimos cinco anos já deslocaram mais de 180 mil civis.
Retaliação
A representante do órgão no país, Aminata Gueye, disse que as vidas de dezenas de milhares de civis no norte da República Centro-Africana estão ameaçadas.
Na última onda de violência, um grupo de pastores a cavalo atacou com lanças e catanas aldeias perto de Batangafo, localizado a 500 km a norte de Bangui, a capital.
Segundo o Acnur, tratou-se de uma retaliação a um ataque a 13 de Março contra o seu aldeamento, por homens armados. Duas pessoas foram alegadamente mortas na operação.
Situação Tensa
Funcionários da agência da ONU e de várias outras instituições humanitárias visitaram Batangafo este fim de semana para avaliar a situação no terreno.
Eles disseram que 13 aldeias foram incendiadas, 17 pessoas mortas e cinco feridas durante o último ataque. Segundo o Acnur, a situação permanece tensa na região.