Comitê das Nações Unidas para os Direitos Inalienáveis do Povo Palestino diz que violações israelenses das leis internacionais vão além do contexto do conflito; segundo o órgão, suspensão temporária das atividades de assentamento não é suficiente.
[caption id="attachment_162144" align="alignleft" width="175" caption="Comemoração na ONU"]
Daniela Traldi, da Rádio ONU em Nova York.
A comunidade internacional precisa tomar medidas urgentes e decisivas para conter as ações ilegais de Israel.
A afirmação é do Comitê das Nações Unidas para os Direitos Inalienáveis do Povo Palestino, em comunicado emitido nesta terça-feira.
Descrédito
Segundo o Comitê, as violações das leis internacionais vão além do contexto do conflito e podem afetar situações de tensão em outras partes do mundo pelo descrédito, desrespeito e enfraquecimento do sistema jurídico existente.
A suspensão temporária das atividades israelenses de assentamento, ressalta o órgão, está muito aquém das obrigações do Roteiro da Paz que prevê, além do congelamento total dessas atividades, a criação de dois Estados, Israel e Palestina, com fronteiras reconhecidas.
O Comitê anunciou que apóia a posição de lideranças palestinas de que a retomada do diálogo político com Israel seria inútil já que a suspensão das construções não inclui o território ocupado de Jerusalém Oriental.
Zoneamento
O Escritório das Nações Unidas para Assistência Humanitária, Ocha, emitiu relatório nesta terça-feira sobre o regime de zoneamento altamente restritivo estipulado por Israel na Faixa de Gaza.
As ações estariam obrigando milhares de palestinos a construírem em áreas sem autorização, já que eles não conseguem licença, e correm o risco de demolição.