Programa adoptado na cidade colômbiana compromete os países a expandirem serviços de saúde e sociais para os sobreviventes e promoverem o respeito dos seus direitos e dignidade; o objectivo é assegurar a sua participação plena na sociedade.
Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A 2ª reunião de revisão da Convenção sobre a Proibição de Minas Antipessoal adoptou um plano de acção de cinco anos para limpar zonas minadas, assistir as vítimas de acidentes e destruir todos os restantes engenhos explosivos.
O anúncio foi feito esta sexta-feira em Cartagena, na Colômbia, no final da conferência para Um Mundo Sem Minas.
Sobreviventes
O Comité Internacional da Cruz Vermelha descreveu o plano como um importante passo em frente, mas enfatizou que ainda há muito por fazer na área de desminagem.
O programa adoptado em Cartagena compromete os Estados a expandirem serviços de saúde e sociais para os sobreviventes e promoverem o respeito dos seus direitos e dignidade. O objectivo é assegurar a sua participação plena na sociedade.
A Cruz Vermelha assiste milhares de vítimas de acidentes de minas, fornecendo próteses e apoiando infraestruturas de reabilitação física em 25 países.
Falando na mesma reunião, o vice Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Kyung-wha Kang, pediu aos países para centrarem as suas acções particularmente nas vítimas em situações vulneráveis, como crianças, mulheres, indígenas e populações rurais.
Acidentes
Num relatório publicado em Novembro, a Campanha Internacional para a Proibição de Minas Terrestres disse que 44 milhões de engenhos explosivos foram destruidos nos últimos 10 anos.
O documento refere ainda que mais de 70 nações têm minas nos seus territórios e mais de 5 mil pessoas foram feridas em acidentes o ano passado.