Num comunicado presidencial, o Conselho de Segurança apoiou também os esforços da Cedeao para resolver a crise, particularmente a sua insistência numa nova autoridade de transição para garantir eleições livres justas e credíveis.
Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Conselho de Segurança da ONU voltou a pedir às autoridades na Guiné Conacri para julgarem e condenarem os perpetradores da sangrenta repressão do mês passado que matou mais de 150 pessoas e feriu centenas de outras.
Um comunicado presidencial divulgado na quarta-feira pelo embaixador Le Luong Minh do Vietnam, que preside este mês o órgão, reitera a necessidade do governo combater a impunidade, respeitar o estado de direito e libertar todas as pessoas que continuam detidas sem acesso a protecção legal.
Prisão Arbitrária
Além dos mortos e feridos em resultado da repressão de 28 de Setembro, o comunicado do Conselho de Segurança menciona outras violações graves dos direitos humanos, incluindo a violação de mulheres e a prisão arbitrária de manifestantes e líderes da oposição.
O órgão apoiou também os esforços da Comunidade Económica da África Ocidental, Cedeao, para resolver a crise, particularmente a sua insistência numa nova autoridade de transição para garantir eleições livres, justas e credíveis nas quais o capitão Moussa Camara e outros dirigentes golpistas não podem participar.
Comissão de Inquérito
O capitão Camara assumiu o poder naquele país da África Ocidedntal em Dezembro do ano passado logo após a morte do presidente Lansana Conté.
O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon vai estabelecer brevemente uma comissão internacional de inquérito para investigar a repressão na Guiné Conacri.