O órgão deplorou também os abusos gritantes aos direitos humanos, incluindo a violação de mulheres em plena luz do dia e a detenção de figuras da oposição; pelo menos 150 pessoas morreram quando forças de segurança dispararam contra uma manifestação pacífica.
Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Conselho de Segurança da ONU juntou a sua voz às condenações generalizadas à morte de centenas de manifestantes na Guiné Conacri.
Num comunicado à imprensa lido na quarta-feira pela embaixadora americana, Susan Rice, em nome do órgão, os membros do conselho expressaram a sua profunda preocupação pelas notícias de que forças de segurança mataram pelo menos 150 pessoas quando dispararam contra uma manifestação da oposição.
Presos Políticos
O órgão deplorou também os abusos gritantes aos direitos humanos, incluindo a violação de mulheres em plena luz do dia e a detenção de figuras da oposição.
O comunicado pede às autoridades naquele país da África Ocidental para pôrem termo à violência, levarem os responsáveis à justiça e libertarem os presos políticos. Também apela ao regresso imediato do estado de direito e da ordem constitucional, através de eleições marcadas para o próximo ano.
O Conselho de Segurança junta a sua voz a expressões semelhantes de condenação do Secretário-Geral, Ban Ki-moon e da Alta Comissária para Direitos Humanos, Navi Pillay, que descreveu os eventos em Conacri como um "banho de sangue".
Condenação
O Grupo Internacional de Contacto para o país, que inclui o chefe do Escritório da ONU para a África Ocidental, Said Djinit, tem vindo a pedir um regresso imediato à democracia na Guiné Conacri.
O capitão Moussa Camara assumiu o poder em Dezembro do ano passado logo após a morte do presidente Lansana Conté.