Em discurso à Assembleia Geral, o primeiro ministro disse que o processo de normalização no país foi reforçado com a eleição em Agosto de um novo presidente, Malam Bacai Sanhá, em eleições consideradas livres e transparentes pela classe política daquela nação da África Ocidental.
[caption id="attachment_170265" align="alignleft" width="175" caption="Carlos Gomes Júnior"]
Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O primeiro ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, disse que a normalidade constitucional regressou ao seu país, seis meses após a crise desencadeada pelo assassinato do presidente João Bernardo Vieira e do chefe de Estado Maior das forças armadas, general Tagmé.
Discursando este sábado perante a Assembleia-Geral da ONU, em Nova Iorque, o chefe do governo guineense disse que o processo de normalização foi reforçado com a eleição em Julho de um novo presidente, Malam Bacai Sanhá, em eleições consideradas livres e transparentes por todos os partidos daquela nação da África Ocidental.
Reformas Profundas
"Estão pois reunidas condições para a realização das profundas reformas de que o país carece, nomeadamente a reforma da administração pública com especial ênfase para o sector da defesa e segurança, das finanças públicas, bem como a descentralização e modernização do aparelho do Estado", afirmou.
Carlos Gomes Júnior prometeu também um forte combate ao flagelo do tráfico de droga e outras formas de crime organizado.
Meios Sofisticados
"Aproveitando as carências em matéria de controle das fronteiras marítima e terrestre e utilizando meios sofisticados, os narcotraficantes conseguiram introduzir-se no nosso país a coberto do apoio que receberam de pessoas influentes no aparelho do Estado.
O meu governo está empenhado em participar em todos os programas e iniciativas que forem adoptadas na sub-região da África Ocidental para combater o narcotráfico e o crime organizado, convencido da necessidade de se criarem mecanismos de coordenação e apoio para o efeito", disse.
A sessão de debates da Assembleia Geral da ONU termina esta segunda-feira com várias intervenções, incluindo as de Angola, Cabo Verde, Moçambique, Portugal e Timor-Leste.