Quatro trabalhadores humanitários e dois pilotos tinham sido sequestrados no fim do ano passado numa na região central do país; enviado da ONU pediu a libertação dos demais reféns, somalis e estrangeiros.
[caption id="attachment_160949" align="alignleft" width="175" caption="Funcionários libertados"]
Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova York.*
As Nações Unidas saudaram nesta quarta-feira a libertação de quatro funcionários humanitários e dois pilotos que tinham sido sequestrados na Somália há nove meses.
O representante especial de Ban Ki-moon no país, Ahmedou Ould-Abdallah, pediu em um comunicado a libertação dos outros reféns que permanecem presos no país africano.
Coragem
Os quatro agentes humanitários, que trabalhavam para a ONG francesa Ação Contra a Fome, e os dois pilotos foram sequestrados numa pista de aterrissagem na cidade de Dusamareb, no centro da Somália.
Ould-Abdallah disse que aplaudia a coragem que os reféns tinham demonstrado em circunstâncias físicas e emocionais difíceis. Ele afirmou, porém, que a comunidade internacional não deve esquecer os somalis e estrangeiros que permanecem reféns em condições inaceitáveis.
O coordenador humanitário da ONU, John Holmes, alertou no mês passado que trabalhadores de auxílio são vítimas de crescentes ataques em vários países, incluindo a Somália.
As Nações Unidas têm feito diversos apelos a todas as partes somalis para garantirem a segurança dos funcionários humanitários, que ajudam cerca de 3 milhões de pessoas, quase 40% da população.
Instabilidade
A nação do Chifre de África continua a enfrentar confrontos armados e instabilidade, apesar da assinatura de um acordo de paz, a formação de um novo governo e a eleição de um novo presidente.
Combates em Mogadíscio entre forças governamentais e milícias islâmicas, desde maio, forçaram mais de 200 mil pessoas a deixar a cidade.
Apresentação: Marco Alfaro, da Rádio ONU em Nova York.