Os quatro trabalhadores humanitários e dois pilotos tinham sido sequestrados em finais do ano passado numa localidade no centro do país; enviado das Nações Unidas pediu a libertação dos restantes reféns, somalis e estrangeiros.
Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova Iorque.
As Nações Unidas saudaram esta quarta-feira a libertação de quatro funcionários humanitários e dois pilotos que tinham sido sequestrados na Somália há nove meses.
O representante especial de Ban Ki-moon para o país, Ahmedou Ould-Abdallah, pediu num comunicado a libertação dos restantes reféns que permanecem presos naquela nação do Corno de África.
Coragem
Os quatro agentes humanitários, que trabalhavam para a ONG francesa, Acção Contra a Fome, e os dois pilotos foram sequestrados numa pista de aterragem na localidade de Dusamareb, no centro da Somália.
Ould-Abdallah disse que aplaudia a coragem que tinham demonstrado em circunstâncias físicas e emocionais difíceis. Ele afirmou, porém, que a comunidade internacional não deveria esquecer os somalis e estrangeiros que permanecem reféns em condições inaceitáveis.
O coordenador humanitário da ONU, John Holmes, alertou o mês passado que trabalhadores de auxílio são vítimas de crescentes ataques em vários países, incluindo a Somália.
As Nações Unidas têm feito repetidos apelos a todas as partes somalis para garantirem a segurança dos funcionários humanitários, que assistem cerca de 3 milhões de pessoas, quase 40% da população.
Instabilidade
A nação do Corno de África continua a conhecer confrontos armados e instabilidade, apesar da assinatura de um acordo de paz, a formação de um novo governo e a eleição de um novo presidente.
Combates em Mogadíscio entre forças governamentais e milícias islâmicas, desde Maio, forçaram mais de 200 mil pessoas a deixar a cidade.