Encontro teve por objectivo enconrajar médicos, enfermeiros e pessoal paramédico a abandonar a prática.
Carla Fernandes, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Termina esta quarta-feira em Nairobi, no Quénia, uma reunião sobre a prática da mutilação genital feminina em África.
O encontro de três dias visou encorajar médicos, enfermeiros e pessoal paramédico a abandonar este procedimento.
Educação
A reunião contou com o apoio de várias agências da ONU, incluindo o Programa para a População, Unfpa, a Organização Mundial da Saúde, OMS e o Fundo para a Infância, Unicef.
O encontro debateu casos específicos de países como o Sudão, Quénia, Nigéria, Guiné-Conakri e Egipto, entre outros.
A vice-presidente da Comissão das Nações Unidas para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra Mulheres, Cedaw, Silvia Pimentel, disse à Rádio ONU, em Nova Iorque, que a educação é crucial na luta contra a mutilação genital feminina.
Políticas Públicas
"O estado tem a obrigação de desenvolver políticas públicas, legislação, inclusive usando os media e a educação informal, no sentido de superar o que é muito forte na cultura. Muitas vezes as próprias mulheres não tiveram condições de fazer uma crítica ao mal que isso causa às meninas e às mulheres" afirmou.
No final da reunião será apresentado um relatório com as principais conclusões e recomendações dos participantes.