Em comunicado, órgão diz que a vida no território não voltou ao normal, seis meses depois do conflito entre o exército israelense e o grupo islâmico Hamas, que devastou parte da região.
[caption id="attachment_166221" align="alignleft" width="175" caption="Serviços continuam deficientes"]
Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova York.*
Em relatório divulgado nesta segunda-feira na sede do órgão, em Genebra, na Suíça, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha informou que a situação na Faixa de Gaza é desesperadora para os 1,5 milhão de moradores do território.
Leia o boletim de Daniela Kresch, da Rádio ONU em Tel Aviv.
"Segundo o relatório, a vida em Gaza ainda não voltou ao normal seis meses depois conflito entre o exército israelense e o grupo islâmico Hamas, que devastou partes da região.
Milhares de pessoas continuam desalojadas e muitos doentes não têm recebido assistência médica adequada.
Segundo a Cruz Vermelha, a situação é agravada pelo embargo econômico imposto por Israel à Faixa de Gaza, desde que o Hamas tomou o controle do território, há dois anos.
O Egito também fechou a fronteira com a região em meados de 2007, o que dificulta a reconstrução das áreas destruídas.
A ajuda financeira de US$ 4,5 bilhões oferecida por outros países não tem validade diante do fato de que quase nenhum material de construção pode ser importado.
Ainda segundo o relatório, os hospitais de Gaza também enfrentam dificuldades na compra de maquinário e remédios.
O mesmo acontece com os serviços de água e esgoto, que continuam deficientes."
Outro impacto do boicote é o aumento do desemprego, o que tem feito com que muitas famílias vendam seus pertences para comprar comida.
Diante da situação, a Cruz Vermelha lista uma série de medidas a serem tomadas imediatamente, como o aumento na importação de material de construção como cimento e ferro.
Apresentação:Eduardo Costa, da Rádio ONU em Nova York.