Resolução adoptada esta terça-feira pelo Conselho de Segurança condena também o recrudescimento da violência no país; 67 mil pessoas já fugiram dos combates em Mogadíscio desde 8 de Maio.
Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Conselho de Segurança da ONU autorizou a União Africana, UA, a manter a sua missão na Somália, Amisom.
A decisão consta de uma resolução adoptada esta terça-feira pelo órgão. O documento condena também o recrudescimento dos combates no país, apelando a todas as partes para apoiarem o Acordo de Djibouti.
Vulneráveis
O Alto Comissariado para Refugiados, Acnur, indica que o número de somalis que fugiram à última escalada de confrontos em Mogadíscio ultrapassou os 67 mil.
O porta-voz da agência da ONU, Ron Redmond, disse esta terça-feira a jornalistas, em Genebra, que o agravamento da situação de segurança na cidade está a dificultar o fornecimento de ajuda humanitária aos mais vulneráveis.
Combates intensos entre forças do governo e grupos islâmicos da oposição irromperam em várias áreas da capital somali, no dia 8 de Maio.
Afgooye
Segundo o Acnur, a maior parte dos deslocados procura refúgio em campos provisórios ao longo do corredor de Afgooye, 30 kms a sudoeste de Mogadíscio.
Redmond disse que os deslocados incapazes de percorrer aquela distância tinham procurado abrigo em zonas da cidade que ainda não não foram afectadas pelo conflito.
A Somália não tem um governo central e funcional desde a queda do presidente Siad Barre em 1991. As Nações Unidas estimam que cerca de 3,2 milhões de pessoas, 40% da população, necessitam de assistência humanitária.