Segundo Nações Unidas, a demora no pagamento por parte de nove países levou a um buraco de US$ 1,5 bilhão no orçamento da organização.
[caption id="attachment_162144" align="alignleft" width="175" caption="Assembleia Geral"]
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
O governo brasileiro realizou na semana passada o pagamento de uma parcela de US$ 12 milhões, o equivalente a cerca de R$ 25 milhões, em contribuições atrasadas às Nações Unidas.
Com isso, o país entregou 60% do total devido à ONU. O dinheiro é parte do orçamento regular da casa para o biênio 2008-2009.
Jornalistas
Na quinta-feira, a subsecretária-geral para Gerenciamento, Angela Kane, falou a jornalistas que o atraso de nove países no pagamento de suas contribuições tinha levado a um buraco de US$ 1,5 bilhão no orçamento da ONU.
Além do Brasil, estão atrasados Estados Unidos, China, Alemanha, Irã, México, Noruega, Coreia do Sul e Grã-Bretanha.
A relação apresentada pela subsecretária-geral baseou-sem em dados de 7 de maio e deixou de contabilizar os pagamentos do Brasil e dos Estados Unidos, realizados dias depois.
Informações
Na reunião da comissão que trata do orçamento, nesta sexta-feira, o controlador-geral listou os países que tinham acertado parte ou o total dos pagamentos.
O delegado da Missão do Brasil, Bruno Brant, pediu a palavra na reunião para destacar a importância de atualizar informações passadas à imprensa.
Falando em inglês, o diplomata explicou que a delegação brasileira notou a apresentação da lista sobre as contribuições atrasadas, nesta quinta-feira, e que nesse dia o Brasil e outras delegações já haviam pagado parte da quantia. Segundo ele, os briefings dados aos jornalistas devem conter sempre os últimos detalhes sobre o processo.
Nesta sexta-feira, a ONU circulou um texto com a relação das quantias pagas após 7 de maio.
Segundo o documento, Japão, África do Sul e Austrália realizaram o pagamento do orçamento para missões de paz e Portugal saldou suas contribuições para o orçamento de manutenção de tribunais internacionais.