Chefe da missão, Rodolphe Adada, reuniu-se com várias figuras do governo para debater a intensificação dos combates em Darfur Norte; aumento das tensões na fronteira entre o Chade e o Sudão foi também abordado.
Carlos Araújo, da Rádio ONU, em Nova Iorque.
O representante da ONU e da União Africana, UA, em Darfur, Rodolphe Adada, discutiu os recentes confrontos naquela conturbada província com
o antigo líder rebelde, Minni Minawi. Ele desempenha agora as funções de assistente especial do presidente sudanês.
Uma porta-voz das Nações Unidas disse na terça-feira que os dois abordaram os últimos desenvolvimentos em Darfur, particularmente os combates que opõem a facção Minawi do Exército de Libertação do Sudão ao Movimento para a Igualdade e Justiça. O aumento das tensões entre o Chade e o Sudão foi também discutido.
Umm Baru
Os confrontos entre aqueles dois grupos intensificaram-se na localidade de Umm Baru, em Darfur Norte, há cerca de 10 dias. Adada disse que a missão da ONU e da UA na província, Unamid, transportou 26 feridos nos combates para um hospital em El Fasher, a capital de Darfur Norte.
O Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, manifestou na segunda-feira a sua preocupação pela recente violência e tensões na fronteira entre o Chade e o Sudão. Numa nota divulgada em Nova Iorque ele pediu a todas as partes para pôrem termo às hostilidades.
Conflito Civil
Na semana passada, Rodolphe Adada reuniu-se com várias figuras do governo sudanês, em Cartum, incluindo o conselheiro presidencial, Mustafa Osman Ismail.
Numa reunião do Conselho de Segurança, em Abril, ele estimou em cerca de 2 mil o número de civis mortos em Darfur desde a criação da Unamid, há quase 18 meses.
15 capacetes azuis foram também mortos desde o estabelecimento da missão em Darfur, onde cerca de 300 mil pessoas morreram e outras 2,7 milhões forçadas a deixar as suas casas desde o início de um conflito civil em 2003.